Quem somos?

Estudantes do 1º ano de medicina e por meio desse blog temos o objetivo não só de informar sobre o tema Epidemias Virais e Superbactérias, mas também, simultaneamente, aprender mais sobre o assunto e tentar enxergar a extensão desse problema no meio hospitalar e a visão social e bioética que o cerca.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Nova descoberta pode ser aliada contra bacérias multiresistentes

O pernambucano Caio Guimarães, estagiário do Wellman Center, laboratório de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT), traballhou em conjunto com com uma equipe de norte-americanos para desenvolver uma nova técnica de antibióticoterapia. 
O time de estudiosos criou uma lanterna com lampadas LED calibradas para emitir uma frequencia de luz visível nociva a bactérias multiresistentes, que já havia sido descoberta. A técnica envolve agulhas biodegradáveis que são inseridas no local de aplicação e conduzem a luz até ele, atacando o DNA bacteriano e matando os microorganismos em cerca de uma hora.
Tal feito representa uma marcante evolução na história de tratamentos médicos e pode trazer muitos benefícios nesse campo.
Mais detalhes voce encontrará na notícia veiculada pelo Diário de Pernambuco clicando aqui.

Pesquisas no Brasil prosseguirão no próximo mês




terça-feira, 25 de novembro de 2014

A Declaração de Washington para acabar com a epidemia da aids


Por Ana Luiza Gomes 
Washington (EUA) – Apesar de todos os avanços científicos no campo do combate ao HIV/aids, ainda há muito a ser feito. A Declaração de Washington “Virando o Jogo Juntos” vem para oficializar o compromisso de governos, pesquisadores, profissionais da saúde e sociedade civil. Leia, abaixo, a declaração, assine e faça parte desse grupo engajado.
Para virar o jogo juntos, precisamos:
  1. Aumentar novos investimentos específicos. Podemos salvar vidas, evitar infecções e reduzir o custo global da epidemia com o aumento imediato e estratégico de investimentos. Progresso maior requer comprometimento proporcional com financiamento de doadores globais e locais, inclusive de governos nacionais do mundo todo.
  2. Assegurar a prevenção do HIV, seu tratamento e cuidado com base em evidências e em conformidade com os direitos humanos daqueles em maior risco e os mais carentes. Isso inclui os homens que fazem sexo com homens, transgêneros, usuários de drogas, mulheres vulneráveis, jovens, grávidas vivendo com o HIV e profissionais do sexo, bem como outras populações afetadas. Ninguém pode ser excluído se quisermos alcançar nosso objetivo.
  3. Acabar com o estigma, a discriminação, as sanções legais e as violações dos direitos humanos para pessoas vivendo com o HIV e as populações em risco. O estigma e o preconceito dificultam todos os nossos esforços e evitam a entrega de serviços essenciais.
  4. Aumentar consideravelmente o teste do HIV, aconselhamento e ligação com serviços de prevenção, cuidados e apoio. Todos têm o direito de conhecer seu status sorológico para o HIV e de receber o tratamento, cuidado e apoio de que precisam. 
  5. Fornecer tratamento para todas as mulheres grávidas ou amamentando que vivem com o HIV para interromper a transmissão perinatal: é possível apoiar as mulheres para que permaneçam vivas e saudáveis e erradicar as infecções pediátricas pelo HIV. 
  6. Expandir o acesso à terapia antirretroviral para todos que precisarem. Não conseguiremos acabar com a aids até que a promessa do acesso universal se torne realidade.
  7. Identificar, diagnosticar e tratar a TB. Implantar programas de prevenção da TB por meio de serviços integrados para o HIV e TB. Chega de viver com o HIV, mas morrer de tuberculose.
  8. Acelerar as pesquisas sobre novos recursos para a prevenção e tratamento do HIV, inclusive novas abordagens, tais como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e microbicidas, e a distribuição otimizada de recursos conhecidamente eficazes, desde preservativos até o tratamento como meio de prevenção. Expandir a pesquisa de uma vacina e da cura. A pesquisa é fundamental para nos levar ao fim da epidemia.
  9. A mobilização e o envolvimento significativo das comunidades afetadas devem estar no centro das respostas coletivas. A liderança daqueles diretamente afetados é essencial para uma resposta eficaz ao HIV/aids.  Os desafios que nos esperam são enormes, mas os custos do fracasso são ainda maiores. Convocamos todos os cidadãos da comunidade global, no espírito de solidariedade e ação conjunta, e com o engajamento total da comunidade de pessoas vivendo com o HIV, a renovar a percepção de urgência da expansão global da luta contra a aids. Precisamos agir com base no que sabemos. Precisamos começar a acabar com a aids – Juntos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Novos casos suspeitos de febre chikungunya surgem no Sul de Minas


Uma mulher de São Lourenço (MG), de 64 anos, e um homem de Lavras (MG), de 45 anos, estão em observação sob suspeita de terem contraído a febre chikungunya. De acordo com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, o resultado dos exames deve sair em até 30 dias. Até o momento, há dois casos confirmados em Minas Gerais, um em Coronel Fabriciano (MG) e outro em Matozinhos (MG).
Ainda segundo a secretaria, os seis casos suspeitos que vinham sendo investigados no Sul de Minas foram descartados. Além da região, o órgão aguarda o resultado dos exames de 14 pacientes que podem estar com a febre chikungunya em outras partes do Estado.

domingo, 23 de novembro de 2014

Febre Chikungunya?

O Brasil vive atualmente considerável risco de desenvolver uma epidemia de Febre Chikungunya. Foram confirmados mais de 800 casos desde que o vírus emergiu no país, em meados de setembro, e em Feira de Santana, na Bahia, a situação já é considerada endemica. Mas afinal, com que tipo de ameaça estamos lidando?

A Febre Chikungunya é uma arbovirose causada pelo RNA vírus Chikungunya (CHIKV), da família Togaviridae e do genero Alphavirus. Seu nome deriva de uma palavra em Makonde e significa "aqueles que se dobram". Desde seu primeiro isolamento, na Tanzania em 1952, surtos ocorreram na África, Ásia e mais recentemente na Europa e nas Américas.


Os principais vetores são mosquitos Ae. aegypti, mesmo transmissor da dengue, e Ae. albopictus, ambos presentes em todos os trópicos, com Ae. albopictus encontrados também em latitudes mais temperadas, o que torna essas regiões suscetíveis a propagação do vírus.






Após adquirir o vírus de algum reservatório, que pode ser o homem e alguns outros vertebrados, o mosquito leva 10 dias para ser capaz de transmití-lo. O hospedeiro suscetível,, quando picado, irá manifestar os sintomas após um período de incubação  médio de 3 a 7 dias.



O vírus CHIKV pode causa doença aguda, que pode durar de 3 a 7 dias, subaguda, quando ocorre uma melhora mas os sinais reaparecem e cronica, quando os sintomas persistem por mais de tres meses.



Os sintomas típicos da doença são:


  • Febre
  • Poliartralgia (dor nas articulações)
  • Cefaleia
  • Mialgia (dor muscular) 
  • Dor nas costas
  • Náusea
  • Vomito
  • Exantema (erupção cutanea)

Não existe tratamento antiviral específico para CHIKV, logo o foco é amenizar os sintomas através de fármacos. O uso de aspirina não é recomendado, por aumentar o risco de hemorragia.

Qualquer dúvida consulte a cartilha do Ministério da Saúde sobre a Febre Chikungunya clicando aqui

Até a próxima! 

sábado, 22 de novembro de 2014

Gripe aviária é detectada em três novas fazendas na Holanda

O vírus da gripe aviária foi detectado nesta sexta-feira (21) em três novas granjas na Holanda, anunciaram as autoridades, sem conseguir definir se a cepa era da variedade altamente contagiosa descoberta no começo da semana.
O ministério dos Assuntos Econômicos também confirmou que a cepa do vírus encontrada na quinta-feira em uma granja em Ter Aar, no centro do país, é a H5N8, a mesma detectada no último fim de semana em uma primeira criação de aves holandesa, em Hekendorp.
A cepa H5N8, "altamente patogênica" para os animais, mas que representa um risco pequeno para os humanos, foi detectada pela primeira vez na Europa no início de novembro em uma granja de perus no Alemanha.
Até então limitada à Ásia, a cepa H5N8, trazida por aves migratórias, também foi detectada no Reino Unido em uma fazenda localizada em Yorkshire, no norte da Inglaterra.
Depois de detectar a cepa H5N8 do vírus em Hekendorp no fim de semana e em Ter Aar na quinta-feira, as autoridades detectaram o vírus da gripe aviária nesta sexta em uma terceira granja, localizada em Kamperveen, a cerca de 100 km de Hekendorp e Ter Aar .
Esta tarde, o ministério dos Assuntos Econômicos indicou que "os sintomas consistentes com os da gripe aviária" haviam sido encontrados em duas outras fazendas em Kamperveen.
As aves dessas três granjas serão sacrificadas e as fazendas desinfectadas pelas autoridades de saúde, segundo a mesma fonte.
A variante detectada em Kamperveen é a H5, mas não está claro se era da variedade altamente patogênica ou não.
Esta variante é diferente da H5N1 que entre 2003 e 2014 causou, principalmente na Ásia, 393 vítimas humanas de 668 casos notificados, cerca de 60% dos casos fatais, de acordo com a OMS.
Segundo a OMS, não se sabe se a H5N8 pode infectar os seres humanos, mas vários especialistas independentes consideram o risco "extremamente baixo, se não for zero".
Na Holanda, foi proibido na quinta-feira o transporte em todo o país de aves, ovos e esterco de galinha por um período máximo de 72 horas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

As grandes epidemias ao longo da história

Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundação Oswaldo Cruz
PESTE NEGRA 
50 milhões de mortos (Europa e Ásia) - 1333 a 1351
História: A peste bubônica ganhou o nome de peste negra por causa da pior epidemia que atingiu a Europa, no século 14. Ela foi sendo combatida à medida que se melhorou a higiene e o saneamento das cidades, diminuindo a população de ratos urbanos
Contaminação: Causada pela bactéria Yersinia pestis, comum em roedores como o rato. É transmitida para o homem pela pulga desses animais contaminados
Sintomas: Inflamação dos gânglios linfáticos, seguida de tremedeiras, dores localizadas, apatia, vertigem e febre alta
Tratamento: À base de antibióticos. Sem tratamento, mata em 60% dos casos

CÓLERA
Centenas de milhares de mortos - 1817 a 1824
História – Conhecida desde a Antigüidade, teve sua primeira epidemia global em 1817. Desde então, o vibrião colérico (Vibrio cholerae) sofreu diversas mutações, causando novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos
Contaminação – Por meio de água ou alimentos contaminados
Sintomas – A bactéria se multiplica no intestino e elimina uma toxina que provoca diarréia intensa
Tratamento – À base de antibióticos. A vacina disponível é de baixa eficácia (50% de imunização)

TUBERCULOSE
1 bilhão de mortos - 1850 a 1950
História – Sinais da doença foram encontrados em esqueletos de 7 000 anos atrás. O combate foi acelerado em 1882, depois da identificação do bacilo de Koch, causador da tuberculose. Nas últimas décadas, ressurgiu com força nos países pobres, incluindo o Brasil, e como doença oportunista nos pacientes de Aids
Contaminação – Altamente contagiosa, transmite-se de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias
Sintomas – Ataca principalmente os pulmões
Tratamento – À base de antibióticos, o paciente é curado em até seis meses

VARÍOLA
300 milhões de mortos - 1896 a 1980
História – A doença atormentou a humanidade por mais de 3 000 anos. Até figurões como o faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bixiga”. A vacina foi descoberta em 1796
Contaminação – O Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa, geralmente por meio das vias respiratórias
Sintomas – Febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Posteriormente, pústulas que podiam deixar cicatrizes no corpo
Tratamento – Erradicada do planeta desde 1980, após campanha de vacinação em massa

GRIPE ESPANHOLA
20 milhões de mortos - 1918 a 1919
História – O vírus Influenza é um dos maiores carrascos da humanidade. A mais grave epidemia foi batizada de gripe espanhola, embora tenha feito vítimas no mundo todo. No Brasil, matou o presidente Rodrigues Alves
Contaminação – Propaga-se pelo ar, por meio de gotículas de saliva e espirros
Sintomas – Fortes dores de cabeça e no corpo, calafrios e inchaço dos pulmões
Tratamento – O vírus está em permanente mutação, por isso o homem nunca está imune. As vacinas antigripais previnem a contaminação com formas já conhecidas do vírus

TIFO
3 milhões de mortos (Europa Oriental e Rússia) - 1918 a 1922
História – A doença é causada pelas bactérias do gênero Rickettsia. Como a miséria apresenta as condições ideais para a proliferação, o tifo está ligado a países do Terceiro Mundo, campos de refugiados e concentração, ou guerras
Contaminação – O tifo exantemático (ou epidêmico) aparece quando a pessoa coça a picada da pulga e mistura as fezes contaminadas do inseto na própria corrente sangüínea. O tifo murino (ou endêmico) é transmitido pela pulga do rato
Sintomas – Dor de cabeça e nas articulações, febre alta, delírios e erupções cutâneas hemorrágicas
Tratamento – À base de antibióticos

FEBRE AMARELA
30 000 mortos (Etiópia) - 1960 a 1962
História – O Flavivírus, que tem uma versão urbana e outra silvestre, já causou grandes epidemias na África e nas Américas
Contaminação – A vítima é picada pelo mosquito transmissor, que picou antes uma pessoa infectada com o vírus
Sintomas – Febre alta, mal-estar, cansaço, calafrios, náuseas, vômitos e diarréia. 85% dos pacientes recupera-se em três ou quatro dias. Os outros podem ter sintomas mais graves, que podem levá-los à morte
Tratamento – Existe vacina, que pode ser aplicada a partir dos 12 meses de idade e renovada a cada dez anos

SARAMPO
6 milhões de mortos por ano - Até 1963
História – Era uma das causas principais de mortalidade infantil até a descoberta da primeira vacina, em 1963. Com o passar dos anos, a vacina foi aperfeiçoada, e a doença foi erradicada em vários países
Contaminação – Altamente contagioso, o sarampo é causado pelo vírus Morbillivirus, propagado por meio das secreções mucosas (como a saliva, por exemplo) de indivíduos doentes
Sintomas – Pequenas erupções avermelhadas na pele, febre alta, dor de cabeça, mal-estar e inflamação das vias respiratórias
Tratamento – Existe vacina, aplicada aos nove meses de idade e reaplicada aos 15 meses

MALÁRIA
3 milhões de mortos por ano - Desde 1980
História – Em 1880, foi descoberto o protozoário Plasmodium, que causa a doença. A OMS considera a malária a pior doença tropical e parasitária da atualidade, perdendo em gravidade apenas para a Aids
Contaminação – Pelo sangue, quando a vítima é picada pelo mosquito Anopheles contaminado com o protozoário da malária
Sintomas – O protozoário destrói as células do fígado e os glóbulos vermelhos e, em alguns casos, as artérias que levam o sangue até o cérebro
Tratamento – Não existe uma vacina eficiente, apenas drogas para tratar e curar os sintomas

AIDS
22 milhões de mortos - Desde 1981
História – A doença foi identificada em 1981, nos Estados Unidos, e desde então foi considerada uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde
Contaminação – O vírus HIV é transmitido através do sangue, do esperma, da secreção vaginal e do leite materno
Sintomas – Destrói o sistema imunológico, deixando o organismo frágil a doenças causadas por outros vírus, bactérias, parasitas e células cancerígenas
Tratamento – Não existe cura. Os soropositivos são tratados com coquetéis de drogas que inibem a multiplicação do vírus, mas não o eliminam do organismo